Faceirice

Faceirice faz parte da natureza da mulher. Ser faceira é querer estar bonita.
Ser bonita não é necessariamente estar na última moda, ser super sexy, ser candidata a miss ou super sofisticada.. A beleza pode estar em algum detalhe, num certo modo de sorrir, num olhar, num jeito de falar. Ser bonita é estar bem consigo mesma, é se cuidar, cuidar da pele, do corpo, dos cabelos... Ser bonita é se gostar.
Ser bonita é simplesmente ser.

Não pretendo falar sobre moda, pois disto eu não entendo, apenas mostrar, do meu jeito, essa faceirice, que sempre existiu desde o princípio dos tempos, em todos os lugares e entre todos os povos, independente de sexo, raça e classe social..

CRIADO EM 21 DE ABRIL DE 2009

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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Com jeito de ar adocicado


Pelos arredores de 1940, os rigores da guerra talvez tenham “pedido” que o rosto feminino fosse menos “planejado”, e a mulher tivesse uma aparência mais suave.
O que os americanos chamam de “girl next door” (a moça que mora ao lado) tornara-se o ideal. Queria-se que a moça fosse muito atraente, mas, ao mesmo tempo, representando uma imagem familiar, o que repousava.

Então Betty Grable era a “pin up” de sucesso, e seu retrato fazia bater de saudades o coração dos soldados.



E as outras moças, é claro, aproximavam-se do tipo Betty Grable. Cabelos longos, por exemplo, apenas encimados por um discrteo “pompadour”, eram a marca essencial da beleza. Copiava-se também o maquilagem moderno da Grable, o contorno de seus lábios.

E todas tinham o ar adocicado – que hoje consideraríamos ligeiramente enjoativo.


Texto de Clarice Lispector (Correio Feminino)
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