Faceirice

Faceirice faz parte da natureza da mulher. Ser faceira é querer estar bonita.
Ser bonita não é necessariamente estar na última moda, ser super sexy, ser candidata a miss ou super sofisticada.. A beleza pode estar em algum detalhe, num certo modo de sorrir, num olhar, num jeito de falar. Ser bonita é estar bem consigo mesma, é se cuidar, cuidar da pele, do corpo, dos cabelos... Ser bonita é se gostar.
Ser bonita é simplesmente ser.

Não pretendo falar sobre moda, pois disto eu não entendo, apenas mostrar, do meu jeito, essa faceirice, que sempre existiu desde o princípio dos tempos, em todos os lugares e entre todos os povos, independente de sexo, raça e classe social..

CRIADO EM 21 DE ABRIL DE 2009

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domingo, 30 de janeiro de 2011

A mais bonita



Não conte pra ninguém

Eu sou a velha
mais bonita de Goiás.
Namoro a lua.
Namoro as estrelas.
Me dou bem
com o rio Vermelho.
Tenho segredo
com os morros
que não é de adivinhá.

Cora Coralina - Meu Livro de Cordel


Meu primeiro chapéu... a pequena tragédia

Eu acaipirada, incapaz de escolha, fascinada envolvida e explorada.. percebido o meu acanhamento, meu todo tolhida, maravilhada me vendo em vasto espelho e luzes fortes e a madame multiplicando chapéus, dezenas aceitando exploradora, cada qual acentuando a interiorana, e ela dominadora, envolvente me sugestionando, dominando soberana na arte de vender suas mercadorias e me plantou na cabeça enorme chapéu de abas, super carregado de fitas e plumas, um passarinho empalhado verdinho de papo vermelho. Achei lindo na verdade eu estava caipira contrafeita, mas minha vaidade cresceu e eu aquiesci. Ma achei linda e faceira, [ ... ] e muito moderna. Aí foi tudo por água abaixo, meu marido veio a bom senso e protestou. Ele tratava um francês com a Madama e passou a se expressar em brasileiro.
A Madama caiu em si e trouxe afinal o que me servia: um chapéu pequeno, modesto ajustado a minha figura de interior.
Aí me vi de novo no grande espelho alcancei minha dimensão menor e concordei com a compra modesta.


Cora Coralina

De quando ela esteve no Rio de Janeiro, aos 23 anos, em 1912.

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sábado, 8 de janeiro de 2011

A Rainha e seus Chapéus



Nada como ser rainha, para usar e abusar das cores e dos chapéus sem perder o charme, jamais! Vejam que a cor do chapéu sempre acompanha a da roupa.



O que diz Constanza Pascolato sobre o uso de chapéu para quem não é da realeza:

Estão em franco desuso no dia a dia, a não ser em dois extremos da vida social: no ultra-informal, como na praia ou piscina, ou no habillé, como nos casamentos e outros eventos de mais pompa e circunstância. Mas atenção, como se dizia antigamente, vêm-se tornando cada vez mais pesados e grotescos. Um arranjo ou penteado clássico hoje substitui o chapéu com mais elegância. Também acho muito esquisito usar aqueles chapelões, de abas enormes, nos casamentos à noite. Primeiro porque fica difícil distribuir beijinhos com todas as abas se entrechocando. E depois porque abas foram feitas para proteger da luz – longe do sol, prefiro, mais uma vez, os arranjos ou os chapéus sem abas.
Para o dia, acho lindas as palhas finas. Cuidado para que o encaixe (a base do chapéu) seja do tamanho exato de sua cabeça – muito maior ou menor fica horrível. Também precisa ser proporcional à sua altura – mulheres muito altas de chapéus minúsculos ou baixinhas com grandes chapéus – podem ficar um desastre.


Texto do seu livro "O Essencial"


Dizem que a principal regra na hora de usar chapéu é optar por roupas discretas e evitar brincos grandes e colares, pois o acessório já chama atenção suficiente.

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