
No início do século 20 a moda era ainda a dos espartilhos ou corpetes, que quanto mais apertados mais elegantes seriam.
Eles eram reforçados com osso de baleia e exageravam as curvas naturais do corpo feminino. Cintura fina era um ideal, e os corpetes acabaram simbolizando a sujeição voluntária da mulher à dor para ficar na moda.

A figura da mulher ficava destorcida, o busto era forçado para frente e as cadeiras, para trás; o corpo formava um “s”.
A pressão nos pulmões chegava a provocar desmaios.
Já nessa época os médicos se preocupavam e começavam a discutir os males causados aos órgãos internos pela utilização desta peça tão apertada que restringiam os movimentos naturais das mulheres.
Era a moda lutando contra a natureza.

Mas felizmente surgiram estilistas que mudaram esta situação: começando com Paul Poiret que libertou a mulher dos espartilhos, seguido por Chanel que libertou definitivamente as mulheres dessa opressão.
Em minha juventude as mulheres não pareciam humanas. Suas roupas eram contra o natural. Eu devolvi a elas sua liberdade, lhes dei braços e pernas de verdade, movimentos que eram autênticos e davam a possibilidade de rir e comer sem ter necessariamente que desmaiar.(Chanel)
Mas, como a moda sempre se repete, podemos ver nos dias de hoje o retorno dessas peças, mas não tão apertadas como no passado.
A maioria das mulheres usam os corpetes como fetiche.

Mas há quem leve essa moda muito a sério e se submeta a essa velha tortura para ficar com a cintura finíssima.

E você, usaria?