Calcinhas, calcinhas de rendinhas, calcinhas bordadinhas, calcinhas de florzinhas, calcinhas de bolinhas...
Calcinhas, calcinhas vermelhinhas, calcinhas amarelinhas, calcinhas azulzinhas...
Nas vitrines, nos cabides, nas caixinhas, nos saquinhos, nas gavetas... cheirosinhas, quem resiste à uma calcinha bonita?
Objeto de desejo de toda mulher e fetiche dos homens...
♥ ♥ ♥
Ah! Mas sabia que antes de 1800 nenhuma mulher respeitável usava calcinhas? Pois é, as mulheres não usavam nadinha, nadinha por baixo das saias....
Naqueles tempos elas usavam uma camisola reta de linho em contato com a pele seguido do corpete, uma ou duas anáguas e vestidos com saias longas e fartas. Era a vestimenta básica, considerada saudável para as mulheres... nada de calcinha.

Com a Revolução Popular em 1790, na França, a moda ficou mais simples.
As mulheres passaram a usar elegantes vestidos de cintura alta, os chamados “estilo império”, inspirados nas vestimentas gregas antigas.
Vaporosos e transparentes, tremendamente sensuais, eram feitos da mais fina musseline. Mas que deixavam as “partes baixas” arejadas demais e, então por volta de 1800 surgiu a necessidade de se usar calcinhas.

O primeiro modelito foi o “calção”, que chegava até abaixo do joelho ou até os tornozelos, feitos de tecido “cor de carne” como as meias finas da época. Mas só as mulheres mais importantes ou as mais ousadas (de vanguarda) que as usavam.
A partir daí, então passou por muitas versões, modelos e tecidos diversos, até chegar aos modelos atuais.

É também interessante saber a quantidade de nomes que esta peça acumulou ao longo da história: calça, calção, calçola, tanga, bunda-rica, combinação, trajes menores, roupa de baixo, roupa íntima, lingerie, cordão cheiroso, pecinha, coador de café, biquíni, fio dental... e muito mais.
Toda esta história das calcinhas está no livro “por baixo dos panos” de Rosemary Hawthorne, considerada a maior autoridade britânica em história de roupa íntima, escrito com muito humor e bastante ilustrado.
Para saber mais sobre a autora entre no seu site, neste endereço:
http://www.vicarageproductions.co.uk/
O livro, aqui no Brasil foi editado pela MATRIX EDITORA, com tradução de Daniela P. B. Dias.
...............................................................................